Capítulo OitoA Cruel Tutela de Pai Mei.
Era uma vez na China. Alguns acreditam por volta do ano de 1003, o sacerdote chefe do Clã Lótus Branca, Pai Mei, caminhava por uma rua, contemplando o que um homem com poderes infinitos como Pai Mei poderia contemplar,
[o que é um maneira de se dizer, "Quem sabe?"]
Quando um monge de Shaolin surgiu no caminho, viajando em direção contrária.
Quando o sacerdote e o monge se cruzaram, Pai Mei, num ato de
incrível generosidade, deu ao monge o mais ligeiro gesto de assentimento. Mas o monge não retribuiu.
Foi intenção do monge insultar Pai Mei, ou foi porque ele não viu o generoso gesto?
Os motivos do monge continuam desconhecidos.O que se soube foram as consequências: na manhã seguinte, Pai Mei apareceu no templo de Shaolin pedindo para o sacerdote chefe do templo, dar a Pai Mei o seu pescoço, e assim, reparar o insulto.
O Sacerdote, a princípio tentou consolar o Pai Mei. Apenas para constatar que Pai Mei estava inconsolável.
E assim começou o massacre dos 60 monges do templo Shaolin pelo punho da Lótus Branca.
*
Conta-se que o filho de um xá assassinado jurou matar toda a família do agressor, e assim dito, teve início o derramamento de sangue no duro trabalho da eliminação de uma estirpe.
Trabalho de uma vida inteira, literalmente.
E quando faltava apenas um, que correu desertos e desertos fugindo do vingador, o tal filho morre em alguma duna, e seu cadáver fica à merce das intempéries mortais da Arábia, até sobrar uma reles ossada de tudo aquilo que tinha sido o virtuoso herdeiro.
Triunfante, a furtiva Caça, num gesto de desrespeito, chuta a ossada encontrada. Ossada seca, pobre, mas valente: furou o pé do néscio, que morreu de hemorragia.