sexta-feira, 28 de março de 2008

mais rabiscos




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Apesar de protestos em todo o mundo pelo respeito à nação tibetana, a tocha olímpica vai passar pelo monte Everest. Nessa página do Estado, fizeram uma restrospectiva das maiores atrocidades que já tiveram como palco as Olimpíadas, começando com o caso do atleta Jesse Owens, que ganhou quatro medalhas na Almanha nazista em 36, levando Hitler a deixar de comparecer aos jogos.

quinta-feira, 20 de março de 2008

domingo, 16 de março de 2008

V for Vendetta

Capítulo Oito
A Cruel Tutela de Pai Mei.

Era uma vez na China. Alguns acreditam por volta do ano de 1003, o sacerdote chefe do Clã Lótus Branca, Pai Mei, caminhava por uma rua, contemplando o que um homem com poderes infinitos como Pai Mei poderia contemplar,
[o que é um maneira de se dizer, "Quem sabe?"]
Quando um monge de Shaolin surgiu no caminho, viajando em direção contrária.
Quando o sacerdote e o monge se cruzaram, Pai Mei, num ato de
incrível generosidade, deu ao monge o mais ligeiro gesto de assentimento. Mas o monge não retribuiu.
Foi intenção do monge insultar Pai Mei, ou foi porque ele não viu o generoso gesto?
Os motivos do monge continuam desconhecidos.O que se soube foram as consequências: na manhã seguinte, Pai Mei apareceu no templo de Shaolin pedindo para o sacerdote chefe do templo, dar a Pai Mei o seu pescoço, e assim, reparar o insulto.
O Sacerdote, a princípio tentou consolar o Pai Mei. Apenas para constatar que Pai Mei estava inconsolável.
E assim começou o massacre dos 60 monges do templo Shaolin pelo punho da Lótus Branca.

*

Conta-se que o filho de um xá assassinado jurou matar toda a família do agressor, e assim dito, teve início o derramamento de sangue no duro trabalho da eliminação de uma estirpe.
Trabalho de uma vida inteira, literalmente.
E quando faltava apenas um, que correu desertos e desertos fugindo do vingador, o tal filho morre em alguma duna, e seu cadáver fica à merce das intempéries mortais da Arábia, até sobrar uma reles ossada de tudo aquilo que tinha sido o virtuoso herdeiro.
Triunfante, a furtiva Caça, num gesto de desrespeito, chuta a ossada encontrada. Ossada seca, pobre, mas valente: furou o pé do néscio, que morreu de hemorragia.

sábado, 15 de março de 2008

Glamour

saltos redondos que fazem dança
o caminhar sobre a rua quebrada
as pernas soltas bamboleando
no acinzentado dos azulejos

peço senhor que não cuspa em mim
pois quando são meus joelhos rodam
pulando tudo que é indecente,
bruto e demasiado humano
finjo que sou de outro planeta
e sou maior que aquilo que cerca.

Tenho liberdade de mergulhar
na inutilidade que é própria
da idade passageira. Logo
minha dança de rainha engana
encanta os transeuntes que passam
e vêem somente azulejos.

Outros - jogados na ladeira vã
que é o melhor caminho do dia.

domingo, 9 de março de 2008

'emet

Conta uma antiga lenda judaica sobre um vilarejo que era atormentado por monstros terríveis. Cansados da opressão, construíram um boneco gigante, que às suas ordens, os livraria do incômodo. Mas feita a coisa, não se mexia. Veio então, o rabino do vilarejo e escreveu a palavra 'emet na testa daquele que era parado mas ganhou vida, porque é justamente o que significa 'emet em hebraico.
Deu certa a idéia, o bonecão livrou o povoado, tanto que depois de um tempo nada acontecia com eles. Não sei se pelo tédio ou pela própria natureza mosntruosa, quem começou a aprontar foi 'emet, tornando-se o novo inimigo local.
Para derrotá-lo, apagaram da testa da coisa a letra aleph, representada pela apóstrofe. Mas quando se apaga o aleph, não se pronuncia o "e". Ficou então

met,

que significa morte, é o que ficou lá. E feito isso, expirou e caiu.

*













Esses são alguns quadros (a maioria "sem título") da artista japonesa Tomie Ohtake, que veio pro Brasil e acabou ficando sem querer na década de trinta. Artisticamente, a estadia no país foi crucial para o calmo desenvolvimento de sua arte, longe de uma país que entrou em guerra e depois passou por uma dolorosa fase de reconstrução. Ohtake foi lembrada em alguns meios (e vai ser ainda) devido ao ano do centenário da primeira comunidade nipônica que se alojou aqui. E foi justamente lendo uma entrevista com ela, uma imigrante que deu extremamente certo, que lembrei de uma japonesa que vende origamis na paulista. Eu a entrevistei para um trabalho de faculdade, e depois de dez ou quinze minutos de história triste de desilusão, soltei um "sonha em voltar para o Japão?", ou algo assim. Me arrependo até hoje.

domingo, 2 de março de 2008

Protesto

Eu pensei que não postando depois de muitas vezes ter tido vontade e idéias, estaria protestando contra à ditadura da produtividade cultural que é imposta a todos os postadores de qualquer coisa periódica.