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quinta-feira, 13 de novembro de 2008

novembro roxo extremidades azuis

alguma coisa deve ter mudado na água
ou uma coisa nova no ar
quando as pessoas dão para sonhar em massa.
passa-se o ano inteiro no marasmo de acordar limpinho sem nenhuma recordação das vivências do duplo
e de repente, em algumas épocas tipo novembro
[mês mágico de quase fim de ano, de correria, de desespero, de respirar antes da rajada violenta de vento na cara. se fosse eleger uma cor, seria roxo azulando em extremidades esse mês
o povo se põe a sonhar
é a fertilidade da noite que muda. como se o ano quisesse tirar o atraso de um abril, ou um agosto, monótonos.
e só faltava mesmo a minha persiana temperamental começar a se correlacionar com o contador de lembranças falsas. acontece que nesse mês ela não quer abrir, quer que o quarto fique escuro. me empurra para a cama, me faz refém dia inteiro da vontade de ficar lá e alimentá-la. como se eu não tivesse nada mais o que fazer fora cuidar dos caprichos de um parador de sol que se acha importante