segunda-feira, 27 de outubro de 2008

De casa

Manifesto Elefante


Um manifesto serve para chamar pessoas. Conclamar. Pode-se dizer assim? Bom, a idéia é escrever o mínimo de palavras para o máximo de resultados neurais que acabam em inflação, provocação. pois é isso mesmo que queremos, não? Que elas venham até nós, pois sabemos que não queremos nos perder no paradoxo do servir e da superioridade. Não podemos nos posicionar acima, com planos salvacionistas. É preciso tomar cuidado para o tom não ser esse, por mais que seja tênue a linha.


Bom, o manifesto obriga a interação. Ele precisa ser agressivo? Irônico? Brincar com a desilusão que acompanha a maioria dos jovens, ou seria essa uma descrença? Germinal de quem vê tudo acontecer devagar por aqui. O elefante da universidade é lento, com micro sinapses rapidíssimas. Em poucos anos de curso superior a população dessa Escola consome a Universidade. Compra-se um produto com impostos, mas o gastar aqui não é na mesma velocidade do repor, não é mesmo? Logo andamos em um local meio abandonado, meio com umas reformas, meio melhor do país, meio retrato infeliz de alguma das brasileidades.


Relação parasita é um termo agressivo? O que queremos dizer é que existe uma crise entre o individual e o coletivo. É difícil em um mundo que sobrevive de eu, atitudes isoladas e heróis, um nós harmônico. Como acontece coletivização se partimos do pressuposto individual? É preciso a morte dele. Então é esse é um manifesto pela morte do divisor. Uma vez que eu não existe, é impossível a retirada, o esvaziamento. Ao invés de sobrar orgulho sobra-se um corpo que trabalha. Que ao invés de se perder em intermináveis discussões que querem se transformar em inação, ensaia uma saída.


E nada nessa saída é parecido com hominídios a bordo de um zepelin que vaga sobre a Cidade Universitária. Seria um bom manifesto visual esse, não? Ou um com quadrinhos! Mas a idéia das pessoas retirantes acima da USP é fantástica, pode ser um balão mesmo. Elas falariam algo como, "nossa, que bosta". Seria bem irônico. Mas mesmo visual, acho que é importante conter o cerne da nossa postura. Que nós não somos isso, ou aquilo, mas que estamos. É importante todos entenderem isso. Anote aí. Dá pra fazer um desenho?

[primeira tentativa textual do Manifesto para a chapa Elefante, do Centro Acadêmico Lupe Cotrin, espalhado pela ECA]

4 comentários:

Unknown disse...

Liaaaaaaaaa,
passeando de bobeira pela internet encontramos o seu blog!!!
beijos grandes! =)
Marina

Unknown disse...

eiii
q bom ler algo de coletividade, ultimamente ando bem individualista pq acho q ng liga pra nada..
estou ate vendo filme sozinho..
boa sorte pra chapa

Lia Lupilo disse...

é engraçado vc andar individualista por culpa do outro! hahahaha

Guilherme Bittar Celestino disse...

Nao caia nessa bixete, vida politica na universidade eh um caminho sem volta... qndo eh um caminho...